A sessão do Cineclube da Hora neste mês foi deslocada para uma sala de aula e contou com a presença de alunos de uma turma de nono ano além dos monitores do Cineclube. Ainda que tivéssemos alguns problemas técnicos, a sessão foi garantida devido a importância histórica que o dia 23 de novembro traz.
Neste mês de novembro em que paramos para fazer uma reflexão sobre a nossa afrodescendência, relembramos a história dos quilombos no Brasil com o curta feito pelos alunos do Núcleo de Arte Grécia, “Um lugar chamado Quitungo”, apresentando a história do quilombo do Quitungo, em Brás de Pina. Para tanto, os alunos pesquisaram na Biblioteca Comunitária Tobias Barreto, sob orientação do pedreiro literário Evando dos Santos, fotografaram o lugar que é moradia de alguns alunos, desenharam , fizeram bonecos de massa e produziram a animação que deve estar presente em todas as escolas municipais com forma de conhecer a história dos negros que vivem no Rio de Janeiro.
Neste mês de novembro em que paramos para fazer uma reflexão sobre a nossa afrodescendência, relembramos a história dos quilombos no Brasil com o curta feito pelos alunos do Núcleo de Arte Grécia, “Um lugar chamado Quitungo”, apresentando a história do quilombo do Quitungo, em Brás de Pina. Para tanto, os alunos pesquisaram na Biblioteca Comunitária Tobias Barreto, sob orientação do pedreiro literário Evando dos Santos, fotografaram o lugar que é moradia de alguns alunos, desenharam , fizeram bonecos de massa e produziram a animação que deve estar presente em todas as escolas municipais com forma de conhecer a história dos negros que vivem no Rio de Janeiro.
Clique aqui para ver: Um lugar chamado Quitungo
Os alunos presentes à sessão cineclubista tiveram em mãos a Agenda Única Zumbi 2012, distribuída no evento junto ao monumento de Zumbi dos Palmares, no dia 20 de novembro. Nela, consta a mais recente conquista do Quilombo do Preto Forro, em Cabo Frio, que teve o RGI (Registro Geral de Imóveis) assinado no dia 01 de março de 2012, no Palácio Guanabara, frente às famílias moradoras do quilombo e o governo do Estado do Rio de Janeiro.
Neste dia 23 de novembro estivemos revendo também parte da história das lutas sociais do início da República, com a exibição do curta “João Cândido e a Revolta da Chibata”, realizado por jovens do grupo Nós do Cinema. O curta apresenta um trabalho muito bem pesquisado em material de arquivo e com entrevistas, inclusive com os filhos de João Cândido, Adalberto e D. Zelândia. Conversando com uma das alunas presente, o que ela achou muito importante foi exatamente essa parte, uma vez que as informações dos livros didáticos não colocam a questão da repercussão do movimento junto aos familiares dos participantes da Revolta da Chibata. Ou seja, valorizou-se o trabalho de pesquisa dos jovens realizadores na medida em que eles conseguiram dar voz às pessoas que conviveram com João Cândido, liderança do movimento que eclodiu na madrugada de 23 de novembro de 1910 e que pôs fim às chibatadas a que os marinheiros da Marinha do Brasil eram submetidos.
Promovido pelo Cineclube da Hora e em parceria com o Centro Afro Carioca de Cinema, alunos de diferentes turmas da Escola Aníbal Freire estiveram presentes no 6º Encontro de Cinema Negro Brasil, África e Caribe, no cinema Odeon, que no dia 26 de novembro de 2012, apresentou documentários com temática musical.
Um deles, “Classical Steel”, direção John Barry, de Trinidad Tobago, foi o preferido, conforme alguns depoimentos abaixo:
“Eles tocam muito bem, o som é
muito bacana e eles apresentam vários tambores de cores e tamanhos diferentes.
Eles precisam de ajuda para que todo o mundo os conheça, porque esse som é
novo, é legal e vale a pena conhecer.”
Matheus da Silva de Oliveira – T.1801
“O que eu mais gostei foi da história de como o tambor de aço
surgiu”
Sarah
Moura de Souza - T.1704
“Gostei muito dos desenhos feitos
nos tambores da banda e também da organização de todos quando começaram a tocar
música clássica nos tambores. Como ponto negativo, as outras classes que não aceitavam o tambor de aço, num
preconceito com a música.”
Jean Nazário Silva – T. 1704
“Eu gostei da criatividade deles
ao criar os instrumentos com tambores de
aço.
Jhonatan Darlan do Nascimento Loureiro – T. 1704
“Eu gostei do filme porque fala
de uma cultura diferente, de um povo que gosta do que faz. Como ponto negativo, é que nem todo mundo
curte isso, mas garanto que muita gente gostou desse filme.”
Raphaela
de Meireles Schimitz –T. 1801
“Eu achei os instrumentos bem
interessantes, bem como a história deles. Só que a legenda era um pouco
rápida.”
Gabriel Alves Marinho- T .1801
“O som que eles fazem é muito
interessante, como se fossem todos os instrumentos de uma orquestra. Deve ser
muito complicado aprender a tocar o tambor de aço.”
Tamirez Maria
de Oliveira – T. 1801
“O que eu mais gostei de verdade
foi o instrumento usado. Eu já vi um
desses com o grupo O Rappa, num tamanho menor.”
Matheus da Silva de Oliveira – T.1801
“Eles usavam um só tipo de
material que fazia o som de uma orquestra. Com ponto negativo, ainda nem todos
gostarem do estilo da música.”
José Ivo Pereira dos Santos – T. 1801
Luiza Arantes Oliveira – T. 1801
A aluna Jomara Gonçalves Teixeira, da T. 1803,
curtiu mais o outro filme, “Brooklyn Racine”, direção Jeremy Robins/ Magaly
Damas, EUA-Haiti, que apresenta músicos
haitianos tocando sua música pelas ruas do Brooklyn, nos EUA:
“Achei interessante o modo como
os haitianos se divertiam mesmo estando em um país diferente do que eles
moravam, onde a cultura também é diferente. Mesmo longe dos familiares, a
felicidade com que eles tocavam os instrumentos passava também para as outras pessoas.”
Professora Sonia Maciel. Articuladora do Cineclube da Hora